O repasse de R$ 4 milhões anunciado pela prefeitura para manter o equilíbrio econômico do contrato com a Visate poderia comprar mais de 842 mil passagens
Na sessão ordinária desta terça-feira (23) os vereadores Zé Dambrós e Wagner Petrini voltaram a defender o subsídio tarifário como forma de garantir a manutenção do serviço de transporte coletivo em Caxias do Sul. Na última sexta-feira (19) apenas 50% da frota da Visate, empresa concessionária do serviço, entrou em operação. Na ocasião a empresa alegou que a falta de recursos financeiros a impediam de operar normalmente.
A partir de um acordo mediado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (Cejusc-TJRS), entre a prefeitura e a Visate, ficou definido que o Município irá repassar R$ 4 milhões para empresa como forma de garantir o equilíbrio econômico do contrato assinado em maio deste ano.
“Porque simplesmente repassar os R$ 4 milhões para Visate sem nenhuma contrapartida? Se precisa garantir o equilíbrio do contrato, então que o Município use esse valor para adquirir passagens e as distribua para pessoas de baixa renda. De qualquer forma os ônibus seguirão circulando, o diesel continuará sendo gasto, o custo operacional seria praticamente o mesmo, e a prefeitura estaria beneficiando milhares de pessoas e agregando passageiros ao sistema”, defendeu Zé Dambrós.
Ainda em maio deste ano o Vereador Zé Dambrós encaminhou uma Indicação ao Executivo sugerindo que o Município adotasse o subsídio tarifário.
Como presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação, o vereador Wagner Petrini anunciou que a comissão estará promovendo uma audiência pública para tratar sobre o assunto “São três questões que precisamos abordar: os repasses da prefeitura para empresa, a possível revisão do contrato já anunciada pela Secretária de Trânsito, e a revisão do valor da tarifa que terá que ser discutida logo ali na frente, em janeiro” justificou.